- Hoje
não temos nenhuma virgem para sacrificar, então a cavalgada rumo ao inferno
será ainda mais agradável - Ironizou o capitão Bolton Boes na proa do navag,
uma embarcação rápida tradicional da baía de Bardock. Era uma figura redonda e
desajeitada que caminhava para todos os lados, com seu chapéu continental azul
escuro, cuspindo ordens através de sua espessa barba amarela e escarrando muco
de seu nariz que parecia uma grande batata vermelha. Permanecia indiferente à
chuva que o atingia. Apenas continuava gritando e bamboleando com suas pernas
finas.
Antares
era um Deus furioso e estava sempre agitado, escuro, tempestuoso e faminto.
Poucas eram as Galés que cruzavam as costas do colossal oceano e escapavam sem
algum dano ou perda de tripulação.
Capitães
cautelosos e corsários costumavam seguir um antigo costume, sacrificar uma
garota virgem, para acalmar os ânimos do Deus. O ritual era sempre o mesmo: a
garota era presa nua, mãos amarradas às costas, seus pés atados a uma pedra de
ampa - uma rocha pesada, escura de um azul profundo como lápis lazúli, essa
pedra pode ser encontrada em toda a costa leste do continente e é mais comum no
arquipélago Indigon. As pálpebras da garota eram removidas cuidadosamente.
Antares é um Deus ciumento, diziam, gosta que suas esposas tenham olhos apenas
para Ele. Esposa D’Antares era o nome dado a essas infelizes garotas. A pedra
de ampa era arremessada ao mar e afundava rapidamente, como uma âncora, levando
a virgem até o fundo do mar raivoso. Lá ela permanecia eternamente, com o olhar
pregado ao azul infinito, seus olhos eternamente admirando Antares. O capitão
escrevia seu nome, com uma adaga de ouro, em uma pálpebra e o nome de sua nau
na outra. As pálpebras da esposa, com os nomes, eram jogadas ao mar para selar
o sacrifício e, então, Antares acalmaria sua fúria para a passagem do capitão e
seu navio.
Muitos
piratas e capitães dos reinos não possuíam belas virgens para lançar ao mar,
mas muitos chegaram a jogar uma dúzia, ou duas, de rameiras para saciar o mar
faminto antes de inçar âncoras e iniciar a travessia. Algumas vezes funcionavam,
outras, nem tanto. Uma coisa era certa, toda embarcação possuía sua pedra de
ampa como um amuleto.
Bolton
Boes tinha sua pedra azul, uma dúzia de prisioneiros, quatro soldados de
escolta e oito oficiais sob seu comando, mas nenhuma rameira e muito menos uma
virgem que de bom grado jogaria ao mar naquela tempestade infernal. Aquilo era
um grande problema.
A tormenta
castigava o pequeno navio e era difícil saber de qual direção vinha toda aquela
chuva. Parecia ser atingido de todas as direções, por golpes de vento
carregados de gotas gordas que atingiam a face dos tripulantes como uma forte
bofetada de uma donzela traída.
Havia
doze homens acorrentados sobre o convés da galé, reunidos ao centro, todos
ajoelhados com suas mãos atadas ao chão por grilhões de ferro pesado. Todo
homem era acorrentado a um segundo, formando um total de seis duplas de
prisioneiros. Kron estava entre eles, sentia seus punhos latejando onde o ferro
enterrava-se na carne, fios de sangue escorriam por suas mãos, misturavam-se a
água, e gotejavam por seus dedos inchados no convés encharcado e escuro. Suas
costas doíam. Malditos sejam todos eles.
Manter aquela posição, curvada, por toda a viagem com a embarcação agitando-se
sob seus pés e a chuva que ensopava suas roupas, tornava aquilo ainda pior.
Farpas atravessavam o couro de seu calção e penetravam em seus joelhos, eram
como demônios espetando seus tridentes. Sangue, chuva e mar inundavam o piso,
agitando-se, espumando e batendo de um lado para o outro, até uma onda escalar
a borda falsa balustrada e lamber toda a sopa escura de volta para o mar. Como
se não bastasse a postura torturante, a chaga em seu braço direito ardia,
queimava e parecia mexer-se, alimentando-se de seu sangue. Veias escuras e
profundas pareciam consumir a carne. Aquela maldição estava impregnada em seu
braço e no lado direito de seu rosto. Arruinada, sua face direita era consumida
por artérias negras como galhos de uma árvore seca que emolduravam o globo
branco que fora seu olho. Os outros prisioneiros afastavam-se dele como se
fosse um leproso. Não, é bem pior que
isso. Lembrava-se dos comentários durante o embarque.
- Senhor,
temos mesmo de levar, esse maldito? Por que não simplesmente o jogamos ao mar?-
Perguntou um dos oficiais para o capitão Bolton, apontando para Kron, enquanto
embarcavam os outros prisioneiros.
- Apenas
cale a boca em faça seu trabalho, filho. Esse é um homem que não morreria com
tanta facilidade, além disso, estamos seguindo ordens do reino, para que ele
seja levado vivo até aquela rocha dos infernos. Nem gosto de imaginar o que
Antares cuspiria de volta se jogássemos esse bastardo para Ele. - Respondeu
Boes, com um riso que mais parecia um ataque de asma.
- Os Gêmeos
que nos perdoem. Não gosto nem de imaginar esse tipo de situação. Já ouvi
histórias horripilantes sobre esse Mar amaldiçoado – Observou Dub’s, o marujo
caolho e magro como uma lança, ao recolher a prancha de embarque – Kraken’s
gigantescos que devoram fragatas com uma única mordida.
- Eu já
vi um Kraken! – Gritou Shif, o marujo de cabelo lambido. Cuspindo na mão para
alisar ainda mais seu cabelo oleoso – Toda noite que entro em minha cabine sua
mãe aparece de pernas abertas sobre minha cama, Dub’s. - Os marujos e o capitão
explodiram em risos enquanto Dub’s fitava o chão, sem saber o que
responder. Os quatro soldados de
Spartânia, que faziam a escolta de Kron, permaneceram calados. Alguns dos outros
prisioneiros acharam graça, mas o bico da bota dos guardas logo a levaram
embora.
Os solavancos
ficavam ainda piores. Ao redor do barco ondas erguiam-se como montanhas para
quebrar-se em seguida. A chuva e o vento caiam sobre eles tão intensos que era
possível afogar-se mesmo estando fora do mar. O céu era negro e parecia
refletir o humor do oceano. Dois Deuses
furiosos. Relâmpagos passeavam através das nuvens e dedos caquéticos de cor
púrpura serpenteavam entre elas, brilhantes. Em um segundo o mundo tornava-se
claro como o dia e, então, a escuridão voltava seguida por um urro
horripilante. Trovões que mais pareciam gigantes gritando blasfêmias em um
dialeto terrível e esquecido pelo tempo. Gritos de guerra vindo das nuvens,
terríveis, eram respondidos pelo estrondoso som das ondas que se quebravam uma
sobre as outras e o assovio medonho do forte vento, um som de gelar o sangue.
O convés
agitava-se. Vários raios caíam a bombordo e estibordo como faixas azuis
brilhantes. Os marujos corriam de um lado a outro, amarrando, puxando,
afrouxando, subindo e descendo. As velas tinham barrigas tão gordas que pareciam prestes a arrebentar. As tábuas do navag rangiam, chorando um lamento de medo
para o capitão. Bolton Boes chicoteava seus poucos oficiais com mais ordens,
tentando equilibrar-se na proa que subia e descia. Ao redor dos prisioneiros,
quatro soldados reais de Spartânia envergando armaduras de aço escuro, elmos
com crista vermelha, armados com lanças de cabo escorpião que cortariam a
cabeça de um homem num piscar de olhos, permaneciam imóveis, silenciosos como
gárgulas. Com postura ereta, empunhavam as longas lanças na vertical, apoiadas
no chão em frente ao rosto. A cada brilho dos céus, a sombra deles era
arremessada em direções opostas, mas os guerreiros permaneciam inertes. O elmo
cobria completamente a face dos intimidantes soldados.
Era
difícil pensar enquanto o mundo desabava, então, Kron tentava manter a cabeça
vazia. Era impossível. As imagens daquela noite sempre voltavam a aparecer em
sua mente. Aquelas garras afundando em seu braço, aquela face distorcida que a
todo custo tentava devorá-lo, uma alma que outrora fora tão companheira. Irmãos
de espada, irmãos de guerra. Terminava com sua espada penetrando na goela da
criatura. Fitou as algemas de ferro que o prendia ao grilhão parafusado ao
chão. Puxou. Resistentes demais.
Tentava imaginar o que ele faria ao escapar, mas que chances ele tinha contra
aqueles quatro soldados armado com aço da cabeça aos pés? O que faria em
seguida com aquele mar de temperamento cruel? Seu corpo estava dolorido,
desnutrido e parcialmente quebrado, a viagem de Spartânia até a baía de Bardock
havia tomado todas suas forças e ele duvidava que nem mesmo uma espada
conseguiria erguer tão bem novamente, não ali, não naquela situação. Lembrou-se
da visão, perdeu seu olho esquerdo em Hardawn e isso prejudicaria suas
habilidades, mas o quanto? Até onde se lembrava depois que a maldita noite caiu
sobre ele e seus homens, quando foi capturado pelos soldados do Rei monstro,
conseguiu retalhar três ou quatro antes de ser imobilizado. Três morreram, o quarto perdeu os dedos da mão esquerda, poupei
apenas o polegar. Após isso, era tudo fragmentado e nublado em sua memória.
Fechou os olhos e viu Maria, de costas, com seus longos cabelos castanhos ao
vento, quase pode sentir seu perfume, uma mistura de narciso, sândalo e cravo.
Brum estava em seu berço, agitado, mas
silencioso observando com os grandes olhos azuis do pai. Myra estava agarrada
ao seu braço direito. A garota não desgrudava do pai, e até mesmo nas aulas de
esgrima fazia questão de participar. Então quando o dia veio, Maria, beijou a medalha de váhrix, com os símbolos dos três raios de Thundra, atada a uma
grossa tira de couro, e afivelou o cinto em Kron.
– Seja
honrado e justo com seu povo, meu senhor, seja humilde com teu inimigo e a
sabedoria o guiará. Lembre-se, o julgamento cabe apenas aos Deuses. Que o raio,
o relâmpago e o trovão de Thundra lhe tragam a vitória, guerreiro da
tempestade. Sua esposa e seus filhos aguardam seu retorno a salvo.
Sentiu o
suave beijo dela em sua fronte. Sobre ela havia dois círculos sobre um céu
escuro: um círculo pálido à esquerda e outro negro, sombrio à direita.
-
MALDITO! - O prisioneiro atrás dele gritou e em seguida cuspiu em suas costas.
– Deviam ter escutado o oficial e jogado esse merda ao mar, agora todos nós
vamos morrer por causa dessa praga que ele carrega.
Kron
sentiu o impacto do catarro do homem sobre suas costas. Fitou o prisioneiro
sobre o ombro esquerdo com o olho bom. Tinha cabeça raspada com a tatuagem de
uma grande rã sobre toda sua careca. Um
assassino dos clãs da montanha. Preferiu ignorar o insulto.
- Pare de
blasfemar, Pander, essa tempestade não tem nada a ver com ele, vamos acabar
mortos por você abrir a boca. – Chamou-lhe a atenção Willan Shoes, o prisioneiro barbudo e magrelo que
estava acorrentado a Pander, o rã.
- Fodam-se, você e sua cautela, Will, se quiserem me matar, que o façam.
Teremos menos conforto na merda daquela rocha esquecida pelos Deuses do temos
neste maldito pedaço de madeira. Pander retrucou com sua voz rouca.
Willan apenas abanou a cabeça reprovando a atitude do companheiro. Os
outros prisioneiros trocaram olhares e se mexeram desconfortavelmente. Ladrões, estupradores, e assassinos, mas
nenhum deles é pior que aqueles que os mandaram para cá. Kron sentiu Pander
remexendo-se atrás dele. O rã aproximou-se o suficiente para sussurrar ao
ouvido direito de Kron. – Eu sei quem você é, comandante. Foi uma bela queda
que teve em sua vida. Como se sente depois de tudo isso? Viver lá no alto,
apenas com as águias e, agora aqui, caçando migalhas junto aos ratos. – Pander rouquejou.
– Soube o que fizeram com sua esposa. – continuou - Uma centena de soldados da
guarnição do Rei monstro estuprou a vadia, sem falar da farra que fizeram com
sua filha antes de espetar uma lança bem no meio do c...
A cabeçada de Kron fez a boca de Pander explodir em sangue e dentes. Isso doeu, mas ele mereceu. O rã foi
lançado para trás e só não caiu de costa por estar atado aos grilhões no chão.
Os outros acorrentados olharam espantados tentando entender o que estava
acontecendo. Willan agitou-se nas correntes e tentou acudir o outro prisioneiro
empurrando-o com o ombro. Pander voltou a si. Sua boca era apenas vãos e dentes
tortos e seu queixo era uma cachoeira vermelha.
- Filho de uma maldita rameira, meus... dentes, meus dentes. – Gritava o
homem com a boca arruinada. - Vou esfolar você como fizeram com s...
A boca de Pander foi atingida novamente, agora pelo cabo da lança de um
dos soldados gárgula a volta deles. Quando olharam não sabiam dizer qual dos
soldados havia deferido o golpe, viram apenas os dentes incisivos centrais do
rã nadando lá e cá sobre o solo inundado.
- Belos dentes. - Observou James Rude, rindo de pander que tentava lidar
com a dor em silêncio enquanto mais sangue transbordava de sua boca.
- Irmã branca, tenha piedade de nós – choramingou Piper, o prisioneiro a frente deles, antes de começar a debater-se terrivelmente em desespero.
- Irmã branca, tenha piedade de nós – choramingou Piper, o prisioneiro a frente deles, antes de começar a debater-se terrivelmente em desespero.
- Que há com ele? Perguntou Daero, o jovem preso junto a Kron.
- No caminho para o inferno todos querem se convencer que são inocentes.
Respondeu James, duas fileiras atrás.
Um oficial aproximou-se de Piper, o prisioneiro que se debatia e
choramingava logo a frente da fileira de duplas de cativos.
- Cale-se, estuprador de merda – Esbravejou o oficial, iniciando uma
sequência de chutes no preso que se encolhia.
- Santa Irmã Branca, olhem – Disse tórus, o forte prisioneiro de pele
escura ao lado de Piper, apontando com o queixo para a escuridão do horizonte.
O oficial virou-se e paralisou. Willan Shoes começou a tremer em suas
corrente ao lado de Pander que permanecia calado, com os olhos que pareciam
pratos, colados na escuridão. Parece que
agora ele aprendeu a manter a língua e os dentes dentro da boca.
- Guerreiro de Luz... inflija a escuridão com sua espada cintilante.
Gui... guie seu... servo e proteja-o com seu escudo branco... – Will recitava o
Vectro, curvado, quase mergulhando a face na água suja que passeava pelo chão.
Foi quando um relâmpago explodiu no céu e derramou seu brilho no mundo.
Todos eles viram aquilo no mar. Uma silhueta negra sobre um fundo brilhante.
Gigantesco. Alguns dos prisioneiros havia urinado nas calças com aquela visão
aterradora, Kron sentiu o cheiro de mijo no ar úmido. A visão daquilo foi a única coisa que fez
o capitão Bolton Boes calar a boca desde que ele embarcou no navag. As últimas
palavras que ele ouviu o velho homem pronunciar foi: - Antares, tenha piedade
de nós – Após isso o rosto do homem parecia fechado e duro como rocha. As piadas acabaram.
Um prisioneiro, em pânico agarrou a perna de um dos soldados de
Spartânia implorando por misericórdia e perdão, a misericórdia veio rápido
através do punho, calçado com uma manopla de aço negro, que desceu como um
relâmpago na face do homem.
- Vamos todos morrer – Festejou Pander, rindo como se já tivesse se
esquecido dos dentes que perdera.
Os homens se desesperam, enlouquecem e os Deuses zombam por
detrás do grande manto azul do céu. Pensou,
enquanto olhava os homens aterrorizados ao seu redor, prisioneiros ou não. Os
soldados mantinham sua postura, implacável, como deveria ser. Esses são homens de verdade, devem dar
trabalho para morrer.
A silhueta trevosa projetava-se do mar
em direção aos céus, colossal, rochas pontiagudas tão altas que poderiam
arranhar a barriga das nuvens. No horizonte, parecia um emaranhado de
tentáculos gigantescos que a todo custo desejavam agarrar as estrelas atrás do
céu tempestuoso. A forma grotesca subia em espiral, contorcendo-se em diversos
tentáculos rochosos. Uma estrutura
infernal, imponente. Em sua volta, centenas de pedras afiadas brotavam do
mar, como facas que atravessam a pele. Só eram visíveis durante os clarões, na
escuridão pareciam deslizar sobre as ondas traiçoeiras, dentes prontos para
morder o casco do navio de um capitão desatento. Kron não esperava que Bolton
fosse esse tipo de capitão. Décadas no mar devem tê-lo deixado tão cauteloso
quanto brincalhão. Mesmo assim uma das rochas passou sorrateira e silenciosa a
alguns palmos do casco fazendo com que Boes acordasse do transe proporcionado
pela visão. Então o homem voltou a esbravejar com a tripulação e a brigar
ferozmente com o leme.
Voltou a
olhar o colossal pináculo rochoso no meio da tempestade. Então é aqui que eles querem que termine meus dias. Os prisioneiros
continuavam seus lamentos, orações e súplicas desesperadas. Era uma visão para
fazer qualquer homem feito borrar as calças. Ele sabia que a prisão de
Helldomer devoraria metade daqueles homens, apenas para abrir o apetite. Os
restantes seriam consumidos pelo tempo, por doenças, pela forca ou machado de
algum carrasco infernal. Mas Kron não, ele sabia que morreria rapidamente por
aquela chaga sombria. Espantava-se por ter resistido há tanto tempo desde que
contraíra aquilo. Quanto tempo ainda
tenho? Os deuses não responderam. Ele possuía apenas um desejo: ter tempo o
suficiente para enterrar uma adaga na garganta de seu amado rei e vê-lo se
afogar no próprio sangue. Enquanto os outros suplicavam por suas vidas, Kron
pedia aos Deuses que ele pudesse levar apenas uma alma junto à dele diretamente
para as profundezas do inferno...
... a alma do seu amado Rei.
O Regulador
Vejo aquele lampião queimando baixo em nossa casa.
E ainda que eu sinta vontade de chorar, eu juro que esta noite, eu não vou mais chorar.
Quantas vezes eu rezei
Que eu ficaria perdido ao longo do caminho?
Sonho com as penas de anjos colocadas debaixo de sua cabeça.
O pêndulo do regulador a balançar.
Venha comigo e ande a mais longa milha.
A sua carteira é de couro? A sua carteira é gorda?
Para, nem um ano depois, ele o ter deitado sobre suas costas.
Você deveria ter fechado as suas janelas e conseguido outro cachorro.
Você deveria ter acorrentado todas as portas e mudado todas as fechaduras.
E quantas vezes eu orava
Os anjos me acelerariam
Sonho com as penas de anjos colocadas debaixo de sua cabeça.
Pêndulo do regulador a balançar.
Venha comigo e ande a mais longa milha.
Scores: Klaus Badelt / Hans Zimmer
Tema de Maria: Nouvelle Vague - Don't you forget about me
Tema de encerramento: Clutch - The Regulator
Excelente trabalho! Detalhado, tenso, bem escrito. Parabéns, tô no aguardo da continuação!
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